Em contrato de US$ 75 mi, empresa brasileira fornecerá tecnologia ao Pentágono

Operação da Griaule será responsável por software multimodal de impressões digitais, das palmas das mãos, imagens faciais e das íris dos olhos

Com um contrato milionário conquistado por licitação, uma empresa de Campinas (SP) irá fornecer sistemas de identificação biométrica para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A tecnologia da Griaule, já utilizada nacionalmente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será operada pelos governos do Afeganistão e do Iraque – com um software multimodal que, além de lidar com impressões digitais, também incluirá impressões impressões palmares (das palmas das mãos), imagens faciais e das íris dos olhos.

“Teremos um período de implementação de cerca de um ano e a vigência total do contrato é de cinco anos, com a possibilidade de prorrogação para outros períodos adicionais”, explica o gerente operacional da Griaule, Renato Burdin. Com a licitação conquistada em setembro deste ano, a empresa obteve seu maior negócio com o governo norte-americano, no valor de US$ 75 milhões. Em ocasiões anteriores, tanto o controle de fronteiras do país como a polícia estadual utilizaram o algoritmo de identificação biométrica da Griaule.

“O contrato que firmamos agora é interessante pela sua complexidade. O sistema vai utilizar diversas modalidades biométricas, então é muito interessante fazer a implementação de tantas modalidades em um sistema tão crítico quanto esses [do Iraque e do Afeganistão]”, afirma o gerente. Sistemas dessa natureza são consultados com diversos objetivos, segundo Burdin – tornando possível a utilização tanto para investigações civis como criminais. “Hoje, essas duas nações já possuem sistemas de identificação biométrica, que foram implementados há anos e já viveram além de sua vida útil. Por isso, surgiu a demanda de atualizar esses sistemas com novas funcionalidades”, detalha o gerente.

Outros negócios

Com mais de 4 mil clientes e negócios em 70 países, Burdin afirma que o principal mercado para a companhia, fundada em 2002, é o Brasil. “Temos no país nossos cases mais importantes, tanto no segmento de identificação civil como bancário”, explica. Além do TSE, a empresa também atende a Caixa Econômica Federal.

Entre os negócios internacionais já realizados, Burdin destaca a emissão de documentos nacionais em Israel, uma parceria com um banco na África do Sul e o fornecimento de tecnologia utilizada na identificação de veículos de transporte na Índia. “Para garantir a segurança da população, algumas províncias utilizam a nossa tecnologia com taxistas”, explica. Em 2017, a Griaule registrou um faturamento de R$ 16 milhões.

Este trecho faz parte do conteúdo completo publicado pelo site Época Negócios Globo em 13 de novembro de 2018, disponível neste link.

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