Griaule venceu concorrência de empresas da França e do Japão, em negociações que ocorriam desde o ano passado
A startup brasileira Griaule, responsável pela biometria dos quase 160 milhões de eleitores do país, em contrato com o TSE, agora está se preparando para fazer o reconhecimento biométrico do sistema criminal e prisional do México, que conta com 10,5 milhões de pessoas cadastradas.
O acordo com os mexicanos foi fechado depois de a Griaule vencer a concorrência de empresas da França e do Japão, em negociações que ocorriam desde o ano passado. O contrato será operado em parceria com uma empresa local, a Novitech. Esta não será, porém, a primeira experiência internacional da startup. A companhia já forneceu tecnologia para mais de 70 países e tem entre seus clientes ninguém menos que o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
“Usamos inteligência artificial para fazer o reconhecimento facial e nossa tecnologia impede que criminosos falsifiquem documentos de identificação, aponta pessoas presentes em cenas de crimes e também usa técnicas avançadas para uma rápida identificação de corpos”, diz Thiago Ribeiro, diretor de Negócios da Griaule.
A startup, aliás, já tinha alguma familiaridade com dados da população mexicana. Em 2020, a empresa brasileira tocou um projeto para o estado de Chihuahua, ao promover a integração de diversas bases biométricas que estavam segregadas, como a de cadastro criminal e o registro de motoristas.
Nos EUA, o contrato com o Pentágono está em vigor desde 2018. O governo norte-americano se vale de uma tecnologia da startup que permite não só o reconhecimento de face e impressões digitais, mas também de latentes, que são fragmentos de digitais encontradas em cenas de crime, útil no combate ao terrorismo no Iraque e Afeganistão. “Eles cadastram a
Essa tecnologia é a mesma aplicada no sistema eleitoral do Brasil, com a qual a Griaule trabalha desde 2014. Nas eleições municipais deste ano, há uma novidade: o reconhecimento facial dentro do aplicativo do e-título.
Fundada em 2002 em Campinas pelo engenheiro Iron Daher, a Griaule hoje não conta com investidor financeiro. “Já recebemos proposta de fundos, mas como a companhia é superavitária, não precisamos de um sócio financeiro e buscamos mais parcerias estratégicas”, diz Ribeiro.
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